Carta ao Peixe/ Writing to Mr.Fish

«Deus não nos deu um espírito de cobardia, mas um espírito de poder, de amor e de bom juizo.» «For God hath not given us the spirit of fear; but of power, and of love, and of a sound mind.»

Friday 26 January 2007

Uma nota sobre a Justiça...

(aproveito um momento de calma...)

Querido Peixe,

Volta e meia surgem destes "casos que apaixonam a opinião pública" e dão mais um motivo para comentar a vida alheia: são todos ao molho e sem fé em Deus, e é o pai adoptivo que está preso, é o pai biológico que quer a filha, é a mãe adoptiva que desapareceu com a menina, é a incompetência dos serviços sociais, é a preguiça dos tribunais. Todos ralham e ninguém tem razão.
Confesso-lhe que prestei pouca atenção ao assunto, que mudei de canal quando a Judite de Sousa começou a grande entrevista da semana e que nem vi (nunca vejo) o "Prós e Contras".
Mas, prestei atenção quando me ensinaram que a Justiça é cega e é para todos, que a Lei é imparcial, que os agentes da Justiça são humanos e que errar é humano (quem nunca se enganou que atire a pedra...).
E acredito, mas acredito mesmo que a Justiça se empenha e que os agentes da Justiça são zelosos; e porque há empenho e zelo, há consciência de que é necessário manter o processo (qualquer que seja) isento de parcialidade: afinal, que consequências haveria se as decisões fossem tomadas de ânimo leve assentes em avaliações apaixonadas e intuitivas?
Como a pressa é inimiga da perfeição, compreendo que haja quem se exaspere com o tardar da Justiça - que não falha, porque pertence a Deus.

Aproveito que lhe escrevo, meu querido peixinho, para lhe dar a conhecer uma mãe cheia de coragem em paisnaobiologicos.blogspot.com e para partilhar consigo a gratidão que tenho para com o sr.dr., porque com ele percebi a Fé na Justiça.

Sua,
S.Star

Sunday 21 January 2007

Creme de beterraba e abóbora ou "O apetite é a essência do Homem"*

(multiplicam-se os bilhetinhos... mas, mesmo os encontros fugazes são plenos de paixão...)

Peixe querido,

Folheio as minhas memórias e relembro tantas pessoas que conheci... umas que vi apenas num instante de tempo, outras que as vejo durante todo o tempo, umas que são o meu tempo e outras para quem não tenho tempo.
São escolhas, nossas ou do outro, mas sempre escolhas.
Como o saboroso creme de beterraba e abóbora que comi quando fui almoçar com a Miss Always - duas escolhas excelentes :)

Sua
S.Star

* Spinoza

Sunday 14 January 2007

Porto

Peixinho-meu,

E depois de Coimbra, outra viagem. Desta vez, até ao Porto e de carro.
O bólide preparado, as bagagens arrumadinhas, garrafas de água e farnel a postos, deixámos Lisboa ao fim da tarde já escura e fria.
A super-fôfa na condução, com o seu nobelo de cavelo loiro a seduzir os condutores, e eu na navegação a meter o mapa de fora da janela e fazer ar de moira de cada vez que era necessário mudar de faixa.
A cidade, que é linda-de-voltar, rendeu-se aos nossos encantos: hoube condutores de carros, camionetas e de bespas, e até polícias!, que fizeram questão em nos lebar até à rua que não encontrábamos; clientes que adiaram compromissos, porque chegábamos atrasadíssimas (e se não fossem aquelas alminhas caridosas, nem lá chegaríamos!); toda a gente tão simpática!
E é uma gente tão espiritual... de cada bez que atrabessam uma rua dá-se uma epifania que os ovriga a ignorar o trânsito: emvriegados de tanta emoção, boltam as costas aos carros sem cuidarem se serão atropelados, demoram-se nas passadeiras e zangam-se com quem os impede de usufruir dessa experiência.

De tanta riqueza o telemóvel embasbacou (é moiro, claro!) e só registou o Magestic, onde tomámos um chá e sonhámos...

S.Star

Alfa Pendular 128


(um bilhete de comboio...)

Querido Peixe,

Há quem entre no novo ano com o pé direito, eu entrei a viajar.
Numa madrugada muito fria e cheia de nevoeiro, cheguei à estação de Santa Apolónia e parti para Coimbra.
É verdade teria perdido o comboio se gostasse de filmes-da-treta, mas como a-d-o-r-o enredos fantásticos Deus fez-me a vontade... :)
Já lhe conto.
Primeiro, o taxista avaliou mal esta passageira e foi dar a volta ao bilhar grande, demorando tanto tempo quanto a eternidade a chegar à estação; e a cada semáforo, o vermelho.
A faltar 1 minuto para o comboio partir e o apeadeiro longe-como-tudo, valeu-me um funcionário da CP apiedar-se desta estrela manca, carregando-me a mim e à minha valise. Mas, o melhor foi quando outro funcionário nos viu e alerta, via walky-talky, o maquinista - o super rápido Alfa Pendular Lisboa-Porto atrasado por minha causa! Lindo!

O meu agradecimento aos funcionários da CP que foram fantásticos e que garantiram mais um sucesso de bilheteira para "Sandrita Star - a vida a cores"!!

Sua,
S Star