Uma nota sobre a Justiça...
(aproveito um momento de calma...)
Querido Peixe,
Volta e meia surgem destes "casos que apaixonam a opinião pública" e dão mais um motivo para comentar a vida alheia: são todos ao molho e sem fé em Deus, e é o pai adoptivo que está preso, é o pai biológico que quer a filha, é a mãe adoptiva que desapareceu com a menina, é a incompetência dos serviços sociais, é a preguiça dos tribunais. Todos ralham e ninguém tem razão.
Confesso-lhe que prestei pouca atenção ao assunto, que mudei de canal quando a Judite de Sousa começou a grande entrevista da semana e que nem vi (nunca vejo) o "Prós e Contras".
Mas, prestei atenção quando me ensinaram que a Justiça é cega e é para todos, que a Lei é imparcial, que os agentes da Justiça são humanos e que errar é humano (quem nunca se enganou que atire a pedra...).
E acredito, mas acredito mesmo que a Justiça se empenha e que os agentes da Justiça são zelosos; e porque há empenho e zelo, há consciência de que é necessário manter o processo (qualquer que seja) isento de parcialidade: afinal, que consequências haveria se as decisões fossem tomadas de ânimo leve assentes em avaliações apaixonadas e intuitivas?
Como a pressa é inimiga da perfeição, compreendo que haja quem se exaspere com o tardar da Justiça - que não falha, porque pertence a Deus.
Aproveito que lhe escrevo, meu querido peixinho, para lhe dar a conhecer uma mãe cheia de coragem em paisnaobiologicos.blogspot.com e para partilhar consigo a gratidão que tenho para com o sr.dr., porque com ele percebi a Fé na Justiça.
Sua,
S.Star