Reencontrei-te
agachado nas minhas entranhas
O que fazes aí?, quis saber
(haverá purga que te faça sair?)
Estás gordo e farto,
tens ar de quem soube
comer a carne e chupar o osso
(haverá purga que te faça sair?)
Fumaste-me os pulmões
e arrotaste-me o coração,
lavaste-te no meu sangue,
foi sabão o meu rim
foi toalha a minha pele
(haverá purga que te faça sair?)
Reencontrei-te
agachado nas minhas entranhas
O que fazes aí?, quero saber
S.Star
posted by Sandra Marques Augusto @ 10:54
4 Comments:
sempre gostei mais desta poesia crua, fora daqueles padrões ditos "saudáveis", em que amor rima com calor e o prazer rima com querer. gosto das entranhas, dos rins e dos pulmões, de desceres aos infernos de um corpo e clamares o céu.
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