Carta ao Peixe/ Writing to Mr.Fish

«Deus não nos deu um espírito de cobardia, mas um espírito de poder, de amor e de bom juizo.» «For God hath not given us the spirit of fear; but of power, and of love, and of a sound mind.»

Sunday 25 November 2007


(ouço Eimear Quinn... é lindo, obrigada ao João)

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas."*

Querido Peixe,

A cada semana que passa, esta máxima faz cada vez mais sentido para mim e, sempre expectante das supresas que Deus me reserva, olho pelo rabinho-do-olho para o calendário a ver se o Novembro se vai embora, porque tenho de atravesssar o gélido Dezembro até que 2008 sorria e traga mudanças :)
Até lá, vou ficando à espera durante hora-e-meia duma reunião no Ministério da Cultura... enquanto, duma sala do Palácio da Ajuda, aprecio uma vista de Lisboa.
Até lá, vou assistindo feliz aos sucessos dos amigos, eles que andam pelos tribunais, eles que apresentam livros, eles que escrevem artigos em revistas, eles que zelam pela nossa segurança, que eles investigam a cura dos males, eles que ensinam sobre a cura e os males, eles que compõem música de encantar...
S.Star
* 1 Coríntios 6:12

Saturday 17 November 2007

Novembro


(da cozinha vem o cheiro do cozido à portuguesa, que eu não posso comer mas que me deixa esfomeada...)

Novembro.

Caem as folhas das árvores, já faz frio a-valer, tenho quase todas as prendas de Natal (comecei a tratar disto em Setembro) e está outro apartamento à venda aqui na avenida-de-casa.

A livraria da avenida-de-casa já é só alfarrabista, acabaram-se os livros novos e parece que as antiguidades/velharias também vão acabar. É pena. Hoje, há saldos lá na cave. Hei-de espreitar.
Já puseram as luzinhas de Natal nas árvores aqui da avenida-de-casa.
Não reparei se nos outros bairros também já puseram luzinhas de Natal nas árvores. Tenho de prestar atenção à cidade, agora que sou autodeterminada. Tenho de prestar atenção, porque agora sou autodeterminada.

Saiu mais outra edição da DIF e não é apenas "outra", é primeira edição da era pós-francisco.
A ficha técnica diz que o Trev é o "editor-in-chief" , que a edição é das mesmas pessoas que compõem a redacção e que o director de Arte é o Valdemar L.. Ou seja, as mesmas de sempre.
Tenho novos colegas da distribuição: o sr. Rui C. que distribui como ninguém, o João que só pode ter as costas enormes para aguentar fardo pesadíssimo que é obrigado a carregar, o Pedro que parece o Mc Gyver em ponto pequeno, e o Diogo que tem um sorriso lindo (na foto).
Estiveram a fazer a vistoria ao escritório por causa das obras do túnel do Rossio e dizem os srs engenheiros que já não haverá mais prejuizos nos prédios.
Mas, as rachas no tecto continuam cada vez maiores, o tecto da sala-mal-cheirosa ameaça cair totalmente, as janelas estão cada vez mais pêrras e o prédio inclina vários centímetros por dia.
Está tudo na mesma.

A Catarina juntou-se à Saída de Emergência e criou uma nova chancela - o lançamento do primeiro título é dia 24 de Novembro pelas 17h no Reservatório da Mãe d'Água.
Fiquei deveras feliz com a notícia. A Catarina ajudou muito a minha editora e eu gosto dela para sempre.
Estarei lá, ao lado dela como ela esteve ao meu lado.

Agora que estou autodeterminada, começa o inverno.
S.Star

Autodeterminação

(ouço a rádio Oxigénio...)

Querido Peixe,

Andamos sempre tão ocupados que protelamos para o dia seguinte um telefonema, uma carta, uma sms. E no dia seguinte, estamos ainda mais ocupados e decidimos que será "amanhã" que nos falamos. E "amanhã", o tempo para a nossa vida não cabe em 24h...

É a altura para a autodeterminação dos indíviduos à liberdade e à independência do jugo imperalista do Tempo.
Já manifestei a Deus a minha determinação em ser livre do tempo dos homens. Confio n'Ele.
A caminho do ginásio, eram 18h na Av.ª da República, pensei em si: a foto não faz jus à beleza do edifício e do céu.
Sempre sua (determinada),
S.Star