Carta ao Peixe/ Writing to Mr.Fish

«Deus não nos deu um espírito de cobardia, mas um espírito de poder, de amor e de bom juizo.» «For God hath not given us the spirit of fear; but of power, and of love, and of a sound mind.»

Sunday 12 November 2006

Castanhas assadas e Moscatel de Favaios

(escuto The Gift, enquanto bebo chá de hortelã-pimenta; são 15h12 e o Sol já está cansado… tenho saudades do verão…)

Peixinho meu,

Há já alguns dias que ando para lhe contar que temos uma nova colega mas, como vem sendo (mau) hábito, descurei-me na atenção que merece, ó shame on me!
Como não há mal dure para sempre, mato 2 coelhos numa só carta e conto-lhe também que a bébé do Herberto nasceu na quinta-feira, dia 9 de Novembro – parabéns aos papás!
Assim que tiver uma fotografia com a nossa super-bébé envio-lha para que saiba quão linda ela é.
Já a nova colega não precisa de apresentações, pois conhece-a… até trabalhou com ela no jornal, é a CG da Política! Recorda-se? Pois claro, eu bem disse à CG que se lembraria dela!
Clichés à parte, o mundo é tão pequenino que quando se zangam as comadres descobrem-se as verdades e reecontram-se memórias :) .
Pois foi, um dia e sem nós darmos por isso, eis que a CG passou a dizer-nos todos os dias “Bom dia”, ou “Boa tarde”, e a sentar-se na sala da redacção da revista. Quando regressei de férias em Setembro, disse ao FVF que sentia saudades de quando se ouvia por todo o escritório a agitação das ideias-a-ferver na redacção. Já pode imaginar o quanto gostei de ter a CG connosco!
Como ela é muito-muito parecida com a D. Herrero Inácio, senti de imediato uma empatia por esta menina de olhos grandes e de aparência frágil.
Não sei se ela é má como as cobras, ou se é fiel como um cão, ou se chorará lágrimas de crocodilo, sei apenas que gosto dela, que tenho vontade de a abraçar como tantas vezes-e-mais-vezes abracei a D. Herrero Inácio; sei que fiquei surpreendida quando olhei para as mãos dela e vi força e determinação; sei que, de cada vez que falo com ela, pergunto-me qual o mistério que esconde (quem disse que a curiosidade matou o gato não conhecia os Peixes) e que fiz um esforço sobre-humano para não chorar quando ela me disse que o pai faleceu no ano passado.
E sei que, qual gato dengue, hei-de continuar a seduzi-la com o chá-das-cinco até que me afague o pêlo – e, ainda que se escalde, também o Peixes tem sete vidas e cai sempre de pé!

Venha jantar comigo, castanhas assadas até rebentar e Moscatel de Favaios (acabou-se o vinho do Porto) até cair p’ró lado! E viva a festa brava!!!

S.Star

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Senhorita Sandra,

Essa sua colega deve ser deveras porreiraça. Também eu gosto muito das pessoas com quem trabalho especialmente de uma certa colega a quem eu não consigo deixar de me render cada vez que me oferece uns chás muitíssimo aromáticos que me dão um grande kick a meio da tarde.
Ela é mesmo assim, feliz e simpática, sem fazer esforços para agradar

Um valente beijo,
CG

30/11/06 18:33  

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