E haverá sextas-feiras até à eternidade
(de férias, entre telefonemas e novos projectos, ponho em dia a escrita…)
Peixe querido,
Já toda a gente sabe que a sexta-feira é o dia é mais completo da semana.
À sexta-feira, fica para trás uma semana repleta de trabalhos, de “dores de cabeça”, de divergências e de risos, de horas-extras e de atrasos, de “pratos do dia” anti-dietéticos, de viagens casa-emprego-emprego-casa, de falta de descanso e de tanta energia consumida.
À sexta-feira, ainda nos resta um dia de trabalho e é sempre às 17h e 58m de todas as sextas-feiras que toca o telefone com mais uma questão para resolver.
À sexta-feira, desligamos o despertador exaustos, mas a miragem do fim-de-semana conduz-nos, sedentos, por mais uns kilómetros de areia e sol.
À sexta-feira, fazemos planos para mais um esplêndido fim-de-semana e delineamos novas estratégias para arrumar a casa até ao meio-dia de sábado. Por isso, damos o tudo-por-tudo e trabalhamos melhor do que nunca – afinal, a esperança é a última a morrer e haverá sextas-feiras até à eternidade.
Mas, esta sexta-feira, dia 25 de Agosto, foi especial…
Na véspera (as quintas-feiras sofrem do complexo das vésperas), estivémos cá em casa a falar nela e a partir das 11h do dia seguinte, agarrei o auscultador do telefone e marquei o indicativo de Espanha – sem êxito até chegar a casa às 19h e ouvir a voz dela cansada mas feliz.
Foi o dia das “apresentações oficiais”: finalmente, o Marcos conheceu a mamã e o papá, os avós, as tias e os tios, e respirou e descobriu o mundo.
O Marcos mostrou de que fibra é feito: um fazedor de planos para uma vida esplêndida, um estratega nato cheio de fé que dá o tudo-por-tudo para trabalhar mais e melhor - afinal, a eternidade é dele.
Vou perguntar-lhe se posso mostrar a si, peixinho, a fotografia do Marcos.
A si, peixinho-dos-meus-sonhos, um dia cheio de esperança J
S.Star
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