Feliz Aniversário!
Querido Peixe,
No dia do nosso aniversário espera-se sempre por uma supresa especial: a presença de alguém querido; uma prenda há muito desejada; um dia de sol e de céu azul-azul, quente (para compensar o inverno) e sem complicações; um discurso comovente que traz sorrisos e lágrimas; a expectativa dum futuro radioso, livre, sincero, apaixonado.
O dia esteve quentinho-azul celeste-de-sol-puro, num pré-lançamento da Primavera. Sem complicações, com o som do mar como fundo de conversas animadas, entre travessas de besugos-grelhados-e-batatas cozidas e tachinhos-de-barro com arroz-de-polvo e caldeirada-de-raia-e-mexilhões. Os mais-do-que-queridos sempre presentes, para nunca esqueçamos de Deus (ainda que comprem as Companhias da Água e da Luz e não queiram vender a Av.ª 24 de Julho; ainda que ganhem o cartão "está livre da prisão"). O Monopólio desejava-se desde tempos imemoriais (como diz o hino) e adivinha-se tardes longas de compra-e-venda e de especulação imobilária sem escrúpulos! Houve o inesperado, num telefonema de quem nunca se pensou dar-nos atenção. Houve bolo e espumante e, claro, o discurso:
«Quero agradecer a Deus pela forma como me abençoou:
os meus pais, a minha mana e a minha família, que está aqui.
Cada um de vós é para mim a presença de Deus e...» (o silêncio para impedir a lágrima)
A si reservo-lhe a tarefa de restaurar-me a expectativa dos meus dias, que sempre os desejei cumprir de todas as minhas forças numa explosão de paixão e livre-arbítrio.
S.Star
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